Homossexuais Franceses Participam de Manifestação contra Casamento Gay
Wendy Wright
NOVA IORQUE, EUA, 17 de janeiro (C-FAM) Talvez um milhão de pessoas tenham marchado em Paris no domingo passado e nas embaixadas francesas no
mundo inteiro contra um projeto de lei que pretende legalizar o
casamento de mesmo sexo na França. Uma das surpresas na campanha
francesa para defender o casamento tradicional é que os homossexuais se
uniram aos líderes e ativistas pró-família na campanha.
Crianças francesas protestam contra “casamento” gay |
Muito
embora a França seja conhecida por sua atitude liberal para com o sexo,
líderes pró-família rapidamente organizaram uma imensa multidão. Quando
o presidente Hollande anunciou suas intenções de legalizar o casamento
homossexual em novembro passado, uma manifestação contra o projeto de
lei reuniu 100.000 manifestantes. E quando o que começou como um debate
sobre direitos homossexuais mudou para um debate sobre o direito das
crianças a uma mãe e um pai, o número de pessoas na oposição explodiu e
incluiu aliados improváveis.
Xavier
Bongibault, um homossexual ateu, é um porta-voz proeminente contra o
projeto de lei. “Na França, o casamento não tem a intenção de proteger o
amor entre duas pessoas. O casamento francês tem a intenção específica
de dar famílias às crianças”, ele disse numa entrevista. “O estudo mais sério feito até agora… demonstra bem claramente que uma criança passa por problemas quando é criada por uma dupla homossexual”.
Jean
Marc, que viveu com um homem durante 20 anos, insiste: “O movimento
LGBT que manifesta suas opiniões nos meios de comunicações… As opiniões
deles não são minhas opiniões. Como sociedade, não deveríamos estar
incentivando isso. Não é biologicamente natural”.
Indignado
com o projeto de lei, Jean-Dominique Bunel, um homem de 66 anos de
idade que é especialista em direito humanitário e que tem feito trabalho
humanitário em regiões devastadas pela guerra, disse ao jornal Le Figaroque
ele “foi criado por duas mulheres” e que ele “sofria com a falta de um
pai, com a falta de uma presença diária de pai, uma figura e exemplo
adequadamente masculinos, algum contrapeso ao relacionamento de minha
mãe com a amante dela. Tive consciência disso muito cedo na minha
infância. Vivi essa ausência de um pai, experimentei-a, como uma
amputação”.
“Logo
que fiquei sabendo que o governo ia oficializar o casamento entre duas
pessoas do mesmo sexo, fui atirado a um estado de confusão”, explicou
ele. Seria “institucionalizar uma situação que havia deixado
consideráveis cicatrizes em mim. De forma alguma posso permitir essa
injustiça”. Se as mulheres que o criaram tivessem casado, “eu teria
pulado na briga e teria entrado com uma queixa diante do Estado francês e
diante do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, pela violação do meu
direito a uma mãe e a um pai”.
Uma
coalizão pró-família que inclui homossexuais é certamente diferente das
coalizões nos Estados Unidos e provavelmente da maioria dos lugares do
mundo. Não se sabe a razão por que pelo menos alguns homossexuais
franceses não só favoreceriam o casamento entre homem e mulher, mas
também fariam campanhas contra o casamento homossexual. Pode ser a
experiência da França, que tem permitido uniões civis, para todos os
casais e duplas, por mais de uma década. Qualquer que seja a razão, essa
coalizão potente pode deter o casamento homossexual na França.
A Assembleia Nacional da França começará a considerar o projeto de lei em 29 de janeiro.
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: Friday Fax
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